Como parece ter sido improvável aquele Flamengo de 2019, em que todos os astros sentaram exatamente nas casas que lhe respondiam, Aquário em Ogum e São Judas na Gávea, para que o redentor colocasse seu furor lusitano a serviço das mais profundas intenções rubro-negras. Obviamente, a partir daquele bólido que varreu o Brasil e o continente, todo técnico será refém do legado de Jorge Jesus. Agora, eliminado da Copa do Brasil e da Libertadores, o Flamengo se vê enroscado apenas com o Brasileirão. É um time competitivo, que pode ser campeão, mas é preciso aos flamenguistas, em primeiro lugar, saber esquecer do encanto.
Porque o Flamengo dessa temporada ainda apresenta espasmos daquilo que recentemente lhe fez histórico, mas já viu se dissipar a aura infálivel e arrebatadora. Agora, como foi com Domènec Torrent, como está sendo com Rogério Ceni, é preciso disputar palmo a palmo o chão de fábrica do futebol brasileiro e sul-americano, um terreno em que não existe serviço à la carte: a gente come o que pode enquanto caminha.
Melhores momentos: Flamengo 1 (3) x (5) 1 Racing pelas oitavas de final da Libertadores
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