Neurocirurgia do Hospital de Base promove oficinas terapêuticas Pacientes e acompanhantes da unidade confeccionaram cartões de Natal e monta...
Neurocirurgia do Hospital de Base promove oficinas terapêuticas
Pacientes e
acompanhantes da unidade confeccionaram cartões de Natal e montaram árvore com
guirlandas de papel
Confeccionar cartões
pode ser muito mais do que uma simples forma artesanal de criar produtos
natalinos. É uma eficiente terapia para recuperar pessoas com dificuldades para
realizar atividades simples, como escrever um cartão de Natal. É isso o que
profissionais da Unidade de Neurocirurgia do Hospital de Base têm feito para
reabilitar pacientes. Uma atividade na tarde desta segunda-feira (14) permitiu
ainda que os internados declarassem todo o amor que sentem por seus familiares
e a gratidão pela equipe da unidade de saúde.
Terapeutas
ocupacionais entregaram canetinhas e um cartão vermelho em formato de coração.
“A gente distribuiu para os pacientes de acordo com as capacidades de cada um.
A ideia é que eles direcionassem as mensagens para quem quiser. As que foram
enviadas para os profissionais de saúde serão expostas nas paredes da unidade”,
contou Arthur Lopes, um dos responsáveis pelo projeto.
Com a ajuda da
sobrinha Júlia de Almeida para escrever, a paciente Maria Izabel de Almeida, de
59 anos, inspirou-se em um salmo bíblico na mensagem que redigiu: “Deus é o
nosso refúgio e fortaleza. Socorro bem presente”.
Decoração natalina
A atividade de hoje
não foi a primeira de dezembro para marcar o Natal na Unidade de Neurocirurgia.
Na última sexta-feira (11), pacientes e acompanhantes encerraram a confecção de
uma árvore de Natal estilizada com guirlandas de papel, após alguns dias de
atividades desde o início do mês. O enfeite foi feito com EVA, cola colorida e
papelão, materiais adquiridos com a ajuda de uma “vaquinha” dos profissionais.
“As oficinas de Natal
que a gente desenvolve na Neurocirurgia no fim do ano são importantes tanto
para as questões cognitivas dos pacientes quanto para o apoio emocional, para
que eles se sintam acolhidos e tenham suporte nesse momento tão difícil, que é
a hospitalização”, explicou o terapeuta ocupacional Arthur Lopes.
Uma das participantes
na sexta-feira foi a cabeleireira Marli Pinto de Araújo, de 47 anos. “Cheguei
aqui meio para baixo, e essa atividade me animou bastante. Fiquei orgulhosa do
meu trabalho”, comentou ela, internada no HB desde 20 de novembro.
A filha de Marli,
Ingrid Mayane Alves, disse que a ação ajudou a espairecer e liberar as tensões
do tratamento. “Pudemos colocar toda a criatividade ali, sem importar se o
boneco ia ficar bonito ou feio. Todo mundo estava se expressando da melhor
forma e passando toda a positividade”, disse.
Momento de escuta
Os trabalhos
artísticos resultaram em um momento mais intimista aos pacientes, de acordo com
a terapeuta ocupacional Mariana de Souza, também responsável pela iniciativa.
“Durante a atividade, muitos se sentiram à vontade para falar. Estar em grupo
os estimula a comentar questões que, às vezes, não falam no dia a dia.”
Brenda Karen da Silva,
de 24 anos, confirmou o sentimento de amparo. “Gostei da proposta, porque a
terapeuta tratou a gente com carinho. Isso faz com que nos sintamos em um
ambiente confortável”, opinou a estudante, internada há um mês no Base.
Texto: Thais Umbelino
Fotos: Davidyson Damasceno/Ascom Iges-DF (personagens MMaria Izabel e Júlia de
Almeida) e Divulgação (as demais
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