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DF vai colher 8 mil toneladas de goiaba este ano

  Período principal da safra segue até o final do mês; produtividade local é maior que a média brasileira Os produtores de goiaba do Distrit...



 Período principal da safra segue até o final do mês; produtividade local é maior que a média brasileira

Os produtores de goiaba do Distrito Federal vão colher 8 mil toneladas da fruta neste ano, mantendo a média dos últimos três anos. A safra principal vai até o final do mês – o segundo período de colheita, a “safrinha”, ocorre de setembro a outubro. O DF tem cerca de 100 produtores, com uma área total de quase 300 hectares plantados da fruta – 22,7% da área de plantio destinada à fruticultura na capital.

A principal região produtora é Brazlândia, concentrando 98% da área de cultivo. Segundo o coordenador do programa de fruticultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), Felipe Camargo, a produção representa uma receita bruta de mais de R$ 10 milhões aos produtores da fruta e gera subprodutos apreciados pelo mercado. A goiaba pode ser consumida, além de fresca, em polpa, sucos, néctar, geleia, sorvetes, doces e até desidratada.

Dados de 2019 mostram que, das 3.957 toneladas de goiaba comercializadas nas Centrais de Abastecimento (Ceasa), 3.098 toneladas eram de produtores do DF. Para comparar, das 15 mil toneladas de banana-prata comercializadas em 2020 na Ceasa, apenas 336 toneladas eram de produtores locais.

“Além da Ceasa, os produtores comercializam diretamente a consumidores, mercearias, mercados, lanchonetes ou em feiras”, afirma o gestor. “Como o que acontece na Ceasa é um retrato do que acontece no DF, podemos dizer que somos autossuficientes na produção de goiaba. O que produzimos atende o mercado interno.”

No DF, a produtividade da fruta é maior do que a média nacional. Os produtores locais colhem 27,5 toneladas por hectare, enquanto a média do país é de 26,4 toneladas por hectare. Segundo Felipe Camargo, a produtividade do DF é maior graças a tecnologias adotadas pelos produtores locais.

“Cerca de 95% das áreas plantadas são irrigadas”, explica. “Além da irrigação, as podas de frutificação contínua permitem que o produtor colha da fruta quase o ano todo. Temos ainda produtores que dividem a área de plantio em talhões para fazer o manejo da poda. Assim, na mesma propriedade, haverá áreas com plantas florindo e áreas já sendo colhidas.”

A goiaba é uma planta perene e, com o manejo adequado, pode ser colhida durante o ano inteiro. O produtor rural Assis Rosário começou há um ano o seu primeiro plantio e já produz hortaliças, como tomate, pimentão e brócolis. Mas sua expectativa é, em breve, ficar apenas com a goiaba. “Eu conheci pés de goiaba de 27 anos, então você não precisa estar plantando toda hora”, conta.

Entusiasmado com a produção, Assis visitou o plantio da variedade Cortibel, no Espírito Santo. “Cortibel segura uma semana sem ser refrigerada e não fica com cheiro forte, além de ter muita massa, ideal para consumo in natura”, ensina o produtor.

A formação

Atualmente, as goiabeiras de Assis não estão produzindo fruto porque ele está priorizando a formação da planta. “Ela já floriu três vezes, mas eu derrubei os frutos”, explica. O agrônomo plantou 1,2 mil pés de goiaba e pretende fazer o manejo para colher a fruta o ano todo. “A goiabeira floresce de acordo com a poda, então eu sempre vou ter um talhão produzindo”.

Segundo o coordenador de fruticultura da Emater, a variedade de goiaba Cortibel ainda é novidade no DF. “As variedades mais plantadas no DF são Pedro Sato e Paluma”, explica. “O produtor do DF, ao escolher a variedade de goiaba para o plantio, leva em consideração alguns aspectos como produtividade, época de produção, tamanho e formato de fruto, coloração da polpa e destinação da produção, se é para indústria ou para consumo in natura”, explica.

A Cortibel, informa ele, foi desenvolvida em Linhares (ES). “Promete ser mais produtiva, resistente a pragas e doenças, ter maior tempo de prateleira e melhor digestão ao ser consumida, mas os plantios no DF ainda são recentes”, afirma o especialista.

Os principais obstáculos para quem planta esse tipo de goiaba, situa ele, são ácaro, ferrugem e nematóide. “Difícil mesmo é o preço dos insumos, que estão cada vez mais caros, mas na hora de vender o produto, é o mercado que dita o preço”, destaca. Se tudo der certo, seu plantio de goiaba vai levar quatro anos para cobrir os custos e começar a dar lucro.

Onde comprar

Para escoar a produção e divulgar a produção da fruta nesta época do ano, o principal canal era a Festa da Goiaba, na Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), em Brazlândia. Entretanto, o evento está suspenso devido à pandemia do novo coronavírus. Porém, quem quiser comprar a fruta, doces, polpas e outros derivados, pode encontrar produtores e agroindústrias no site Põe na Cesta.

Com informações da Emater

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