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Valia mais do que Neymar? Por que o Palmeiras aceitou vender Veron por 10 milhões de euros

  Em 2020, Abel chegou a dizer que seria impossível o Verdão negociar o garoto por menos do que o Barcelona pagou por craque do Santos. Núme...

 


Em 2020, Abel chegou a dizer que seria impossível o Verdão negociar o garoto por menos do que o Barcelona pagou por craque do Santos. Números da transação causam polêmica entre torcedores


Eleito melhor jogador da Copa do Mundo Sub-17 em 2019, Gabriel Veron se despede do Palmeiras como uma das maiores revelações da base do clube e uma expectativa maior do que a realidade. O garoto de 19 anos terá a oportunidade de provar no Porto, de Portugal, que ainda pode ser aquele jogador "extra-classe" que um dia se imaginou.


Se a parte esportiva foi prejudicada por uma sequência de lesões que atrapalharam a regularidade aguardada por dirigentes e torcedores, as projeções financeiras ficaram bem abaixo do imaginado: 10 milhões de euros (R$ 55,4 milhões), com o Verdão, mesmo dono de 60% dos direitos econômicos, ficando com cerca de 80% do valor (R$ 44,4 milhões).


Em 2020, com poucos meses de Palmeiras, Abel Ferreira revelou que já havia recebido informações sobre Gabriel Veron ainda na Europa e, após uma goleada sobre o Delfín, pela Libertadores, chegou a afirmar que era "impossível vender por menos do que o Neymar foi vendido ao Barcelona".


– Vou contar uma história. O Luis Campos é diretor do Lille (da França) e foi meu técnico quando tinha a idade do Veron. Eu fui falar com ele sobre vir para o Palmeiras. O primeiro jogador que ele falou foi sobre o Veron. Ele conhece todos os jovens com potencial. Sabe que tem muita qualidade. Sempre digo ao Veron para se lembrar o que o trouxe a este nível. É impossível o Palmeiras vender este jogador por menos do que o Neymar foi vendido ao Barcelona – disse.


Para comparação, o brasileiro deixou o clube da Vila Belmiro por 57 milhões de euros em 2013, o que na época correspondia a R$ 182 milhões.


Mas muita coisa mudou para Veron desde então.


A sequência de problemas físicos atrapalhou. Em 2021, o clube decidiu acelerar a recuperação do jovem, mas ele sofreu uma lesão grave logo no segundo jogo após um processo maior de preparação no início do calendário passado - o atacante já havia perdido a final da Libertadores e a disputa do Mundial naquela etapa da temporada.


Depois disso, não teve regularidade. Quando parecia embalar uma boa sequência nesta temporada, apresentou novos problemas.

Abel Ferreira com Gabriel Veron na chegada do treinador ao clube, em 2020 — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Abel Ferreira com Gabriel Veron na chegada do treinador ao clube, em 2020 — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Por mais de uma vez, Abel Ferreira questionou o comportamento dos jovens em entrevistas coletivas ao tentar explicar a ausência dos atletas formados pela base palmeirense em jogos ou até em campeonatos, como ocorreu no Mundial de Clubes, sempre de maneira indireta.


Patrick de Paula e Renan, por exemplo, não fazem mais parte do plantel. Gabriel Veron, por outro lado, teve a confiança da comissão técnica, tanto que sempre que não apresentou problemas físicos foi titular ou cogitado para atuar.


Pouco dias após multar o atacante por vídeos gravados em uma balada durante a reta final da recuperação de um corte sofrido no pé em um acidente fora do ambiente de trabalho, Abel bancou a escalação contra São Paulo e Cuiabá, quando o garoto teve bons desempenhos com uma assistência e um gol nos dois confrontos. Pouco depois, o clube decidiu aceitar a proposta do Porto.


O valor da venda tem motivado críticas de parte da torcida, principalmente pela expectativa criada em um atleta de 19 anos que tinha uma multa rescisória de R$ 334 milhões (ou 60 milhões de euros). Mas a diretoria entende que a negociação se fez necessária por motivos financeiros e de mercado.

Gabriel Veron, do Palmeiras, conversa com Abel Ferreira — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Gabriel Veron, do Palmeiras, conversa com Abel Ferreira — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Nos últimos anos, o clube decidiu investir mais na manutenção da base do time bicampeão da Libertadores. E para 2022 esse continua sendo um compromisso da presidente Leila Pereira, que já afirmou que não pretende negociar seus principais destaques, caso de Danilo.

Mesmo com uma situação financeira estável, o Verdão ainda sofre com problemas de fluxo de caixa, o que aumenta a necessidade de ter a receita de negociações de atletas para manter o equilíbrio. Em janeiro, por exemplo, a diretoria decidiu não aceitar uma proposta do Ajax pelo atacante Giovani que poderia render até R$ 100 milhões ao clube.


Uma possível desvalorização, até em comparação com sondagens recebidas em anos anteriores, é atribuída internamente ao mercado, que sofreu impacto com a crise provocada pela pandemia nas últimas temporadas. A oferta do Porto foi a principal e por isso avaliada como boa para todos os envolvidos.


Gabriel Veron embarca nesta quinta-feira para Portugal para assinar com o Porto. O Palmeiras vai manter 10% de uma futura negociação do atacante, que fez 97 partidas, marcou 14 gols e conquistou seis títulos pelo time profissional: Paulistão de 2020 e 2022, Libertadores de 2020 e 2021, Copa do Brasil de 2020 e Recopa Sul-Americana de 2022.


Com informações do GE


Gabriel Veron e Abel Ferreira na Academia do Palmeiras, no último sábado — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

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