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Guerra entre Rússia e Ucrânia: O horror invade a casa dos civis

  Vídeos que circulam nas redes sociais mostram ataques à população. Tropas russas enfrentam resistência ucraniana em área urbana. Aliados p...

 


Vídeos que circulam nas redes sociais mostram ataques à população. Tropas russas enfrentam resistência ucraniana em área urbana. Aliados prometem milhões de dólares em armas ao governo Zelensky

Uma mulher caminha em frente a um edifício residencial danificado na rua Koshytsa, um subúrbio da capital ucraniana Kiev, onde um bombardeio militar supostamente atingiu, em 25 de fevereiro de 2022 - (crédito: Daniel Leal/AFP)

A cobertura de guerra em tempo real foi deflagrada. E uma imagem exibida por TVs e sites do mundo marcou o terceiro dia da invasão da Ucrânia por tropas russas: o impacto de um míssil em um edifício residencial da capital, Kiev, sem confirmação de vítimas

Repórteres passam horas em transmissões ao vivo, para atualizar informações e mostrar o clarão dos bombardeios ao som de explosões. Há também muitos vídeos que inundam as redes sociais ao redor do planeta, produzidos por moradores, jornalistas, diplomatas, jogadores de futebol, funcionários de ONGs, entre outros.

São imagens que, diante da dificuldade de confirmação de informações com fontes oficiais, ajudam a entender como está a situação em Kiev e outras cidades ucranianas. Kiev se manteve resistente às investidas russas até o início da madrugada de hoje. Mas os confrontos se intensificaram ontem à noite, segundo relato de observadores.

Pelas ruas da capital, carcaças de veículos militares se amontoam. Colunas de fumaça escura podem ser vistas de vários pontos da cidade. No Facebook, moradores postaram imagens de cinco blindados russos destruídos, entre eles, um tanque, perto da estação de metrô de Beresteiska, no noroeste da capital.

Em outra imagem que viralizou, Maria Souza, mulher do zagueiro Marlon, do Shakhtar, gravou, aos prantos, a fuga de um grupo de atletas brasileiros e suas famílias para uma estação de trem, com o objetivo de chegar à cidade de Chernivtsi, na fronteira com a Romênia. Apesar da tensão, o trajeto foi percorrido sem nenhum sinal de combates. Os brasileiros estavam confinados em um hotel desde o início da guerra.

A população de Kiev evita sair durante o dia, prefere permanecer abrigada, principalmente, em estações de metrô, transformadas em bunkers. À noite, para conter grupos de sabotadores pró-Rússia, o toque de recolher foi ampliado: vai das 17h às 8h do dia seguinte. O prefeito Vitali Klitschko avisou que quem estiver fora de casa nesse horário será considerado "inimigo".

O Exército ucraniano relatou "duros combates" em Vasylkiv, a 30 km de Kiev, onde um avião de transporte militar foi derrubado.

Em Washington, a embaixadora da Ucrânia nos EUA, Oksana Markarova, acrescentou mais números. Em entrevista coletiva, disse que os russos bombardearam dois navios ucranianos no Mar Negro, um orfanato com 50 pessoas e uma represa perto de Kiev. "Há risco de enchente", declarou. A embaixada contabiliza 102 tanques, aviões e helicópteros russos abatidos pelas forças do governo.

O ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, divulgou apenas que instalações militares ucranianas foram atacadas com mísseis disparados por navios e aviões.

Não há números confiáveis de mortos ou feridos. O ministro ucraniano da Saúde, Viktor Liashko, publicou em uma postagem que, até o fim da manhã de ontem, 198 civis ucranianos foram mortos e 1.115 ficaram feridos, desde que a Rússia iniciou o ataque em larga escala, na quinta-feira.

"Nos mantivemos firmes e repelimos com sucesso os ataques dos inimigos. Os combates continuam em muitas cidades, mas é o nosso Exército que controla Kiev e as principais localidades ao redor da capital", declarou o presidente Volodymyr Zelensky, em um vídeo postado nas redes sociais.

O presidente é o principal porta-voz da resistência ucraniana. Ele não divulga o local de onde comanda o país, mas grava vídeos em pontos conhecidos da capital para conclamar os cidadãos a pegar em armas. Em um desses vídeos, garantiu que vai receber em breve armas e munições dos "aliados".

A informação foi confirmada por vários governos, logo depois da postagem. Os EUA, por exemplo, anunciaram um pacote de ajuda militar de mais de US$ 350 milhões. "Esse pacote incluirá mais assistência defensiva letal para ajudar a enfrentar as ameaças blindadas, aéreas e outras que a Ucrânia enfrenta atualmente", disse o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

A Alemanha vai municiar as tropas de Zelensky com mil lançadores de foguetes antitanque e 500 mísseis terra-ar do tipo Stinger. E mais 200 mísseis desses serão enviados pela Holanda. A República Tcheca vai doar armas no valor de US$ 8,6 milhões.

Exército digital

O vice-primeiro-ministro da Ucrânia, que também é ministro da Transformação Digital, Mykhailo Fedorov, anunciou no Twitter que está sendo criado um exército de tecnologia da informação, e aproveitou para convocar hackers que queiram lutar contra os invasores no front cibernético.

O governo da Rússia, por sua vez, não divulga quase nenhuma informação a respeito de baixas ou de combates em andamento. Mas propagandeia conquistas, como o controle "total" da cidade portuária de Melitopol, no Sul do país.

Diante da resistência ucraniana, que impediu a tomada rápida do país, o Ministério da Defesa da Rússia informou, ontem, que o exército atacou infraestruturas militares com mísseis navais e aéreos. Segundo ele, as forças russas destruíram 821 alvos, incluindo 14 aeródromos.

Na guerra de informações e contrainformações, a Rússia anunciou que o governo de Kiev havia rejeitado a proposta de um encontro de negociação de um cessar-fogo. A proposta, porém, vinculava o início das tratativas à deposição de armas por parte dos ucranianos. Em outras palavras, rendição.

Com informações do CB

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