“Nós choramos todos os dias as mortes, mas nós temos a convicção de que fizemos o melhor e o que tinha de ser feito aqui no DF”, afirma Ib...
“Nós choramos todos os dias as mortes, mas nós temos a convicção de que fizemos o melhor e o que tinha de ser feito aqui no DF”, afirma Ibaneis
Um ano após o registro do primeiro caso de coronavírus no mundo, que aconteceu em 17 de novembro em Wuhan, na China, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha afirmou, nesta quarta-feira (18), que “estamos prontos para a segunda onda de covid-19”.
O vírus, que pegou o mundo de surpresa, abateu a sociedade e fez com que o Governo do Distrito Federal (GDF) tivesse que tomar medidas drásticas para evitar que o contágio fosse maior do que foi registrado nos últimos meses
Tivemos medidas duras que abateram, em especial, o comércio do DF, com o fechamento dos shoppings e de todo o comércio que estava voltado para a população”, disse, “O isolamento foi necessário naquele momento, porque se fazia a necessidade pura de cuidar da saúde da população, e fizemos isso com muita coragem”, finalizou o governador em discurso.
“Conseguimos avançar e avançamos muito na área da saúde. Criamos hospitais de campanha, aumentamos o número de leitos, contratamos mais de 1,5 mil profissionais da saúde para suprir esses leitos, e demos um atendimento condizente à população”, afirmou Ibaneis. Segundo ele, no DF, não há “um só caso de uma pessoa que tenha pegado covid e não tenha sido atendida. Nós choramos todos os dias as mortes, mas nós temos a convicção de que fizemos o melhor e o que tinha de ser feito aqui no DF. Isso nos tranquiliza muito”, explicou.
“Quando me perguntam sobre a segunda onda eu digo que nós estamos preparados, sim, se ela vier. Rezamos muito que a vacina chegue, seja lá de onde ela venha. Nós tratamos desse assunto semanalmente com o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, para que estejamos prontos”, complementou o chefe do Executivo.
Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do DF às 18h dessa terça-feira (17), o DF chegou a 221.032 casos de coronavírus desde o início da pandemia. Até o momento, 3.837 (1,7%) pessoas perderam a vida em decorrência da doença e 212.210 estão recuperados (96%).
Investimentos
O DF está em pandemia desde março deste ano, quando foi registrado o primeiro caso de covid-19. Desde então, ainda com os esforços voltados para o combate ao vírus na capital, o governador afirmou que os investimentos e a economia no DF não pararam. “Nós continuamos realizando obras, fazendo licitações, trazendo empresas pro DF, não no ritmo que estávamos prevendo ou com a matriz que preparamos em 2019, mas mesmo assim nós conseguimos trazer grandes empresas, como é o caso da Novo Mundo, da Amazon, estamos trazendo, agora, outras empresas, como a Fujioka, que vem sendo um grande sucesso”, relata.
Se referindo aos projetos de privatização de estatais no DF, Ibaneis disse que a concessão do Metrô está prevista para o início de 2021. “O Metrô do DF consome cerca de R$ 900 milhões por ano nos cofres da capital. Isso é complementação da tarifa, e precisa de investimento, hoje, de R$ 2,5 bilhões para troca dos carros, melhoria das linhas e energização”, reforça. Segundo ele, o DF “não tem esse dinheiro, não vai ter esse dinheiro. O Governo Federal não tem esse dinheiro, não vai emprestar esse dinheiro pro DF, então nós temos que conceder isso para o privado, de modo que nós tenhamos essa modernização. Isso não quer dizer que nós vamos deixar de pagar a complementação de tarifa, mas vamos ter um transporte de qualidade para a população”, complementou.
Para o governador, a Rodoviária do Plano Piloto também precisa passar por concessão. “O privado tem que entrar, o privado tem que operar, transformando aquilo num grande centro de movimentação de pessoas. São 700 mil pessoas que ali transitam, e a parceria público privada abre caminho para isso”, explicou.
Para ele, outro ponto importante para melhorar a vida da população no DF é a concessão dos estacionamentos públicos da capital. “Talvez sejamos a única cidade, a única capital, em que o estacionamento não é pago. Está tramitando, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), a concessão dos pátios de estacionamento do DER e do Detran, então é programa de desestatização não para tornar Brasília um estado mínimo, mas para tornar Brasília um estado governável, do ponto de vista da eficiência”, finalizou o governador do DF
Com informações do Jornal de Brasília
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