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Museus servem para aprendizagem de estudantes do DF

  Em dois anos, mais de 32 mil estudantes participaram do projeto ‘Territórios Culturais Equipamentos culturais que fazem parte da história ...


 Em dois anos, mais de 32 mil estudantes participaram do projeto ‘Territórios Culturais

Equipamentos culturais que fazem parte da história de Brasília, como o Museu do Catetinho e o Cine Brasília, são usados para complementar a aprendizagem de crianças e adolescentes matriculados na rede pública de ensino do DF.

Em dois anos, mais de 32 mil estudantes participaram do projeto Territórios Culturais, uma parceria entre duas pastas do GDF que, em época de pandemia do coronavírus, ajuda a prender a atenção dos alunos durante as aulas on-line.

Para viabilizar o projeto, a Secretaria de Educação disponibiliza professores da rede pública, mediante seleção por edital próprio, para atuar nos espaços vinculados à Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Os educadores desenvolvem ações pedagógicas interdisciplinares nos museus com a utilização de aulas ministradas para todas as séries da educação básica.

A professora Ana Paula Bernardes levou mais de 3 mil alunos do Jardim de Infância ao Ensino Médio ao museu Memorial dos Povos Indígenas

A programação pedagógica e de conteúdo é feita com base em seis equipamentos de cultura: o Museu Vivo da Memória Candanga, o Memorial dos Povos Indígenas, o Museu Nacional do Conjunto Cultural da República e Centro Cultural Três Poderes, além do Cine Brasília e do Catetinho.

O projeto começou a ser executado em 2019, quando os estudantes podiam fazer visitas presenciais aos museus. Naquela época, 25.761 alunos participaram das aulas. Em 2020, mesmo com a pandemia da covid-19, as visitas continuaram a ser feitas, mas passaram a ser virtuais. O projeto continuou a ser executado, mas o número de alunos atendidos caiu para 6.285.

“Isso porque as aulas foram suspensas em março [de 2020], passamos um tempo redesenhando o projeto e as aulas só voltaram para valer com cobrança de presença no segundo semestre”, explica David Nogueira, gerente de Educação Ambiental, Educação Patrimonial, Língua Estrangeira e Arte-Educação da Secretaria de Educação.

Conteúdo multidisciplinar

O objetivo das aulas é ensinar para os estudantes noções de educação patrimonial, mas o conteúdo é interdisciplinar, e os professores têm uma infinidade de temas possíveis de serem abordados. “Em uma visita ao Catetinho, por exemplo, é possível falar da história de Brasília, de arquitetura, mas também de modernismo, por causa do design dos móveis, de biologia, por causa do bosque que tem lá, e até de música por causa da Sinfonia da Alvorada de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, composta durante estadia de dez dias da dupla no Catetinho”, afirma o educador.

Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
No Cine Brasília, é possível desenvolver práticas pedagógicas interdisciplinares que relacionem cinema e educação Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

David Nogueira exemplifica outros caminhos para as aulas: “No Museu Vivo da Memória Candanga, o professor pode abordar a narrativa histórica da construção de Brasília, da Cidade Livre, do antigo Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, dos pioneiros e candangos. No Cine Brasília, é possível desenvolver práticas pedagógicas interdisciplinares que relacionem cinema e educação”.

A professora Ana Paula Bernardes, 50 anos, tem 22 anos de experiência na Secretaria de Educação, já lecionou em escolas do Guará e do Núcleo Bandeirante. Em 2019 e 2020, ficou à frente do território cultural Memorial dos Povos Indígenas. Ela levou mais de 3 mil alunos do Jardim de Infância ao Ensino Médio ao museu. Lá, as crianças aprenderam sobre a arquitetura de Oscar Niemeyer, a história de Brasília, a cultura e a diversidade dos povos indígenas. “Falava sobre o índio Galdino, que foi velado no Memorial”, conta.

A visita presencial durava cerca de duas horas, tempo que foi reduzido pela metade nas aulas on-line. Nas visitas virtuais, os alunos conheciam o museu e a exposição por meio de fotos, e as discussões sobre os povos indígenas se estendiam por horas. “Apesar de todas as dificuldades, foi uma experiência muito rica. Vários pais e avós acompanhavam os filhos nas aulas e traziam muitas contribuições, contavam histórias”, diz a professora.

Orientações Sanitárias

Em 2021, o projeto vai continuar sendo realizado virtualmente. Estão abertas as inscrições para professores que quiserem atuar no projeto até o fim do ano letivo de 2024. Os interessados podem se inscrever até 12 de maio por meio de um processo individual, via Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Depois da seleção dos professores, haverá um período de inscrições para as escolas interessadas em receber o projeto.

A Secretaria de Educação espera que, no segundo semestre letivo, aulas do projeto estejam ocorrendo. O resultado final do processo seletivo será divulgado no site da pasta no dia 30 de junho.

Com informações da Agência Brasília

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