Pesquisadores analisam dados de sonda da Nasa e encontram nova onda de plasma, desafiando a física espacial Uma descoberta inédita nas viz...
Pesquisadores analisam dados de sonda da Nasa e encontram nova onda de plasma, desafiando a física espacial
O achado foi feito nas regiões polares do planeta, onde se formam as intensas auroras jovianas. Ali, a sonda detectou condições extremas de plasma, com densidades de elétrons extremamente baixas, chegando a apenas 0,001 partícula por centímetro cúbico, em um ambiente dominado por um campo magnético até 20 vezes mais forte que o da Terra.
Essa combinação inusitada cria um regime de plasma jamais visto: a frequência natural de oscilação dos elétrons se torna menor que a frequência de giro dos íons, algo considerado “fora do comum” pelos cientistas. Nesse cenário, surge a onda Alfvén-Langmuir, que apresenta um comportamento híbrido: em certas condições, se parece com as conhecidas ondas Alfvén; em outras, assume características das ondas Langmuir.
"Embora o plasma possa se comportar como um fluido, ele também é influenciado por seus próprios campos magnéticos e campos externos", afirmou Robert Lysak, professor da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Minnesota e especialista em dinâmica de plasma.
Além da estranheza teórica, a onda exibe um efeito curioso. Quando uma espaçonave cruza sua fonte, ela pode formar um padrão em formato de “pires”, semelhante ao que já se observa em alguns fenômenos na Terra, mas nunca antes registrado nesse tipo específico de onda.
A descoberta foi possível graças ao instrumento Waves, da Juno, que mede campos elétricos e magnéticos, permitindo inferir a densidade do plasma. Os resultados foram confirmados pelo detector de partículas Jade, também a bordo da missão. Para compreender melhor o fenômeno, os cientistas recorreram a modelos matemáticos que simulam como essas ondas se propagam em diferentes condições.
Segundo os pesquisadores, a nova onda pode ser desencadeada por feixes de elétrons altamente energéticos, acelerados em direção ao espaço. Esse processo ajuda a explicar como as densidades de plasma nas regiões polares de Júpiter atingem valores tão baixos.
Com informações do CB
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