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É preciso unir esforços contra a violência em casa

  Aumento dos casos de feminicídio e violência sexual mostra que a violência no Brasil está migrando das ruas para dentro de casa. E se most...

 


Aumento dos casos de feminicídio e violência sexual mostra que a violência no Brasil está migrando das ruas para dentro de casa. E se mostra muito presente no cotidiano familiar

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na semana passada, revelou um fenômeno preocupante: a violência está migrando das ruas para dentro de casa. E se mostra muito presente no cotidiano familiar. Enquanto o país registrou uma queda de 5% no total de mortes violentas (homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e letalidade policial), com 44.127 mil ocorrências em 2024, dois delitos específicos tiveram aumento e alcançaram tristes recordes
O primeiro dado alarmante é o feminicídio. No ano passado, 1.492 brasileiras foram assassinadas pelo fato de serem mulheres. Trata-se do recorde de óbitos registrados desde 2015, quando foi sancionada a lei do feminicídio. Mais impressionante, o Anuário da Violência indica que nada menos que 100 mil medidas protetivas foram descumpridas. Dito de outra forma: 18% dos agressores que receberam ordem da Justiça para se manterem afastados das vítimas ignoraram a determinação.  

A cada dia, quatro cidadãs tiveram a vida brutalmente interrompida por covardes, com sequelas para familiares, como filhos e avós. Cada vítima de feminicídio significa uma criança desamparada, um lar desprovido, uma oportunidade de trabalho que se esvai, o sonho de uma educação digna encerrado. São muitas e profundas as marcas deixadas por essa tragédia social que desafia não apenas as autoridades de segurança pública, mas a sociedade.

Outra calamidade no país são os indicadores de violência sexual. Em 2024, houve impressionantes 87,5 mil casos de estupro - é o maior número de registros realizados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública desde o início da série histórica, em 2011. Mais de 60% das vítimas tinham menos de 14 anos — um terço são crianças e adolescentes entre 10 e 13 anos de idade. As mulheres sofreram a violação sexual em 88% das ocorrências.

Em uma dificuldade adicional no combate a esse tipo de violência, os crimes de natureza sexual são marcados pela subnotificação. Além disso, uma parte significativa dos abusos ocorre dentro do ambiente doméstico e é praticada por um parente ou ex-parceiro íntimo.

Essa amostra de dados evidencia como Estado e sociedade precisam unir forças para combater uma chaga que atinge milhões de brasileiros. Ao poder público, é fundamental aprimorar os instrumentos de prevenção e combate aos crimes de motivação pessoal, como feminicídio e abuso sexual. Quanto à comunidade, é preciso criar redes de solidariedade e vigilância para impedir que agressores cometam suas atrocidades contra mulheres e vulneráveis. O silêncio só alimenta a sanha dos criminosos habituados a agir nas sombras.

Com informações do CB

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